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8/11/2011

Absinto


O colorido do teu vestido me trouxe lembranças, 
todas estampadas em palavras distraídas.
Desbravei lugares,
conduzida pelo som da tua voz,
foi então que ergui castelos de areia e abandonei moradas de pedra,
só para seguir a direção do teu olhar,
escalando altas montanhas através dos teus sonhos.
Posso dizer que vi o abstrato se concretizar no ápice das minhas ilusões!
Fantasiei duendes e vi fadas sem dentes,
mas tive certeza de todas as minhas visões.
Hera, Afrodite, Hades...
Tendes piedade!
O que é isso que o meu corpo invade,
que atormenta a minha mente covarde?
Esqueçam que sou mera mortal,
ou me injetem logo essa substância letal!
No absinto daquela garrafa envelhecida eu sinto...
Guiada pelos movimentos das tuas mãos,
e em nome da memória do que não houve,
eu minto! 

*Por: Janaina Cerqueira.

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