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11/11/2011

Sessão polêmica em Cajueiro da Praia sobre merenda estragada

Aconteceu nesta quarta-feira (09), na Câmara Municipal de Cajueiro da Praia, uma sessão ordinária para legislação do Projeto de Lei Nº 190/2011 que trata da denominação de algumas vias pública do município. Na ocasião, a secretária de Educação Cultura e Lazer, Maria Arlete Monteiro, enviou uma nota ao legislativo contestando as informações em que a vereadora e professora Lena Vania de Castro Brito "afirmava que a merenda que seria servida na Unidade Escolar Oscar Lima, estava podre e que seria servida aos alunos na festa de comemoração ao dia das crianças, além do fornecimento de água que é retirada de uma caixa d’água que estava descoberta e que se alojavam restos de ratos podres”.
Mediante a nota lida pelo secretário da câmara, Luciano de Araújo Silva, a secretária municipal de Educação, Maria Arlete Monteiro, justifica que a merenda escolar é de boa qualidade e que os fornecedores não iriam repassar uma merenda estragada, pois a mesma passa por uma inspeção antes de ser distribuída às instituições de ensino e que foi fornecida a todas as escola do município.
- Está denuncia não procede e quanto às condições do abastecimento de água da escola a Vigilância Sanitária já tomou as devidas providências – rebateu a secretária.
Durante os pronunciamentos na tribuna do legislativo, a vereadora Lena Vânia, de base opositora ao governo, reafirmou sua denuncia e ressaltou o descaso da gestora da escola em que trabalha, falando que viu e sentiu o odor da carne estragada que a comida exalava.
- Pela péssima condição em que se encontravam os alimentos e juntamente com alguns colegas de trabalho resolvemos contestar a qualidade da comida, foi preciso negar a distribuição daquele lanche às crianças que insistentemente a gestora da escola ordenava que fosse oferecida daquela forma, a merenda só não foi distribuída aos alunos devido à presença de um vigilante sanitário na escola na ocasião e percebeu que realmente a carne estava estragada – revelou a vereadora. Em seguida, a diretora da escola municipal, Elivânia Damasceno, se pronunciou na tribuna e disse que funcionário nenhum tinha conhecimento que a caixa d’água estava descoberta e que tinha ficado surpresa pelo fato da vereadora Lena Vânia ter levado essas acusações até a Câmara de Vereadores.
- Qual escola não tem seus problemas? Vários diretores já passaram por aquela escola e nenhum tomou conhecimento do fato. A água que é servida para os alunos não é da caixa e sim da cisterna e quanto à merenda, quando fiquei sabendo que ela estava estragada, parti para o plano "B" e que em nenhum momento alunos e funcionários comeram merenda estragada – defendeu a diretora.
No momento em que a diretora discursava uma merendeira da respectiva escola conhecida como "Tachinha" que assistia à sessão com fervor levantou-se de seu assento e desmentiu a fala da diretora, dizendo que ela sabia e que ela pediu que a merenda fosse feita e servida daquele jeito. A fala rendeu aplauso por parte dos presentes.Alguns moradores inconformados com a situação em que seus filhos são tratados gritavam e vaiaram o posicionamento da gestora. Maria Gorete Alves é moradora da comunidade de Barrinha e tem um filho que estuda na escola em questão, ela reclama que por duas vezes seu filho chegou em casa com dores de barriga e a mesma suspeita da água usada para fazer a merenda escolar.

*Por: Marcos Cazuza de Barra Grande para o Proparnaiba.com

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