A Superintendência do Patrimônio da União no Piauí praticou ação de  demolição de ocupação irregular no povoado Barra Grande nesta última  segunda, 21. A área seria destinada à praça dos pescadores e, como nada  foi construído, ocupantes cercaram a área.
Além da ocupação irregular, há uma denúncia de suposta prática de  especulação imobiliária, já que a área é uma das poucas de frente para o  mar, em situação privilegiada, ainda sem ocupação. Fontes do  Proparnaiba.com, informaram que essa mesma área estava sendo  comercializada pelo valor de 300 mil reais.
A ação ocorreu na área onde seria implantada a obra denominada Praça  do Pescador, de iniciativa do Governo do Estado e que foi paralisada por  liminar da Justiça Federal, concedida em razão de Ação Popular,  fundamentada na proteção ambiental da área, muito embora existisse  licenciamento ambiental da mesma.
Com a paralisação das obras do Estado, George Luis Aragão quis  ampliar a sua iniciativa de ocupação, já intentada com construção de  cerca e uma barraca no início de 2010, que já havia sido objeto de  notificação por ocupação irregular expedida pela SPU/PI, agora  construindo um bangalô em madeira.
“Diante do fato, nada  restou senão expedir mais uma vez notificação  ao interessado dando prazo para desocupação do imóvel, o que não foi  atendido, obrigando a ação de retirada diretamente pela SPU, com apoio  da Prefeitura Municipal de Cajueiro da Praia e da Polícia Federal”,  explicou Ana Célia Veras, Superintendente da SPU Piauí.
Ainda de acordo com as explicações da Superintendente, a ação da SPU  visou atender o interesse coletivo, o interesse da comunidade de Barra  Grande, expressado na ação civil, ”ou seja, proteção da área pública com  grande ingrediente paisagístico e ambiental, além de coibir iniciativas  de ocupações irregulares, o que faz parte da missão institucional do  órgão”.
O ocupante foi multado, além de ter seu imóvel demolido. George  chegou a procurar a SPU para regularizar sua situação e alegou utilizar a  área para fim social em um projeto de kite Surf. Depois, Geroge alegou  residir no bangalô construído. Entretanto, o invasor foi informado de  que a área é da união, em linha de praia não podendo ser ocupado com  fins particulares.
Ana Célia Veras disse também que “no sentido de proteger o uso comum  das praias, que pertencem a todos os brasileiros, e não a particulares, a  equipe de fiscalização da SPU está incentivando sua atuação, com  aplicação das multas previstas em lei, além das demais sanções legais”.
Dra. Ana Célia colocou a Superintendência do Patrimônio da União, à  disposição daqueles que desejam obter informações de áreas da união, bem  como, tentar regularizar alguma situação de terreno.
A SPU em Parnaíba fica situada na  Rua Alm. Gervásio Sampaio, 685,  Centro. “É para evitar as sanções legais, ou mesmo ser lesado por  pessoas que praticam atos ilegais sobre as mesmas”, finalizou.
* Fotos: SPU


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