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| Morro Gemedor - Foto: Proparnaiba | 
Na cidade de Ilha Grande no município de Morro da Mariana um  local cheio de duvidas sobre indícios de sítio arqueológico com  uma  quantidade de utensílios domésticos, no Morro do Gemedor no sítio batizado pela pescadora Dona Dedé onde leva o nome, esta possui uma característica muito particular, pois há indícios de  ocupação indígena e de ocupação cabocla  que habitava a região  provavelmente no final do século XVIII e  inicio do século  XIX, pois os  materiais sobrepostos devido o deslocamento das dunas, fato que ocorre  constante na região mostra grande duvidas sobre suas origens, como cacos  de porcelana, pratos, vasos, xícaras e outras peças de fabricação  inglesa , holandesa e chinesa , vidas de fabricas como a J&G Meakin,  e a Petrus Regouta CO. As moedas brasileiras do período imperial trazem  datações dos meados do século XIX,no sítio também há uma grande  quantidade de cacos de cerâmica indígena, como vasos, panelas e  cachimbos. 
Outro fator intrigante seria identidade não vista com “bons olhos”  perante a sociedade atualmente, pois seus remanescentes de índios  Tremembé da Ilha Grande não se identificam com seus antepassados, onde  sua perfeição na arte da pesca e confecção de canoas, lendas enigmáticas  sobre grandes batalhas com um pouco de fantasias, e suas feições  indígenas, seria prova mais evidente no sangue que corre nas veias  destes povos ribeirinhos do Delta do Parnaiba.
Esta preocupação de dizimar esta aldeia dos Tremembé vem do João da Maya da Gama que governou do Estado do Maranhão no século XVII, onde a administração era feita pelos padres da Companhia de Jesus, estava nessa aldeia o padre João Tavares, missionário desses índios no litoral do Delta.
Esta preocupação de dizimar esta aldeia dos Tremembé vem do João da Maya da Gama que governou do Estado do Maranhão no século XVII, onde a administração era feita pelos padres da Companhia de Jesus, estava nessa aldeia o padre João Tavares, missionário desses índios no litoral do Delta.
Todos esse anos da povoação do Maranhão até o de 1722 em que  tomei posse daquele governo foi conhecida a Barbara nação dos Tremembé  que a habitaram, possuíam e foram absolotos senhores de toda a costa  desde a barra do Maranhão e ponta do Mearim até as barras do Parnaiba, e  senhoriavam também as ilhas vizinhas a elas e assaltavam e matavam  passageiros e roubavam tudo quanto dava á costa e dizem que se viam  alguma embarcação pequena dada e fundo iam a nado cortar-lhe as amarras e  tinham a comunicação com o gentio do centro do sertão, Araperús,  Arajás,Aranhis,Guaranis,Cachicahires que vinham resgatar dentes de  tubarão e de espadarte para a ponta de flechas(...) Diário, 17.12.1728)    
As vozes desses poucos narradores normalmente não são ouvidas por  aqueles que              Institucionalizam o saber e o petrificam na  forma de arquivos, melhor, na forma da   história. Então se transformam  em vozes esquecidas, cujas narrativas vão se perdendo sob as  areias do   tempo.                                                        
Isso acontece porque o saber sobre esses lugares antigos perde a  importância, diante das necessidades mais imediatas das comunidades  hodiernas. A maioria das pessoas atuais não se identifica com o “lugar  dos índios antigos”, pois há décadas escuta o discurso que “dizima” e  denigre as populações indígenas habitantes desses lugares, discurso que  também trata de descolar a imagem dos “indígenas” do passado, da imagem  das “pessoas” do presente, tornando os “índios” uma outra espécie de  gente. O conhecimento sobre esses “índios antigos”, então, vai se  apagando com o tempo.Borges. Joena.Dissertação                (p.  49,2006)
O intrigante Sítio da Dona Dedé é um desafio para esta pesquisa, e  para o conhecimento      de varias áreas, e que permitem começar a  escrever uma história, principalmente da transnacionalidade do comercio  de Parnaíba. Este comercio já se iniciou  com índios Tremembé, no século  XVI. Por fim, com nosso trabalho, desejamos socializar e preservar a  memória histórica dos vestígios da ocupação humana em torno do  território do Delta do Parnaíba.
*Por Danilton Nóbrega - Estudante e bolsista PIBIC do curso de História da UESPI de Parnaíba.
*Fonte: proparnaiba.com

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