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1/06/2010

Caos em Luís Correia: falta dinheiro nos caixas, água e energia



As agências e caixas eletrônicos do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco 24 horas, em Luís Correia, deixaram os clientes sem dinheiro neste sábado (02). Muitos clientes ficaram revoltados e sem ter o que fazer. Para piorar, a maioria das barracas nas praias da cidade não aceita cartão de débito ou crédito. Os turistas também passaram pelo mesmo problema no período de Réveillon do ano passado. Louane Roberta de Oliveira, 35 anos, bacharela em Direito, está em Luís Correia desde quarta-feira (30). Ela ia para o Ceará, mas decidiu passar a virada de ano no litoral piauiense, acreditando na promessa de que os problemas do réveillon passado não iriam se repetir. “Meus amigos disseram que o atendimento tinha melhorado. Pensei que as coisas tinham mudado, mas vi que as coisas estão do mesmo jeito”, lamenta. Os turistas também reclamam dos altos preços das comidas, bebidas e hospedagens. “Um saco de gelo que em Teresina custa R$ 2, aqui está custando R$ 5 e ainda é difícil de achar”, protesta Louane. Os hotéis e pousadas também estão muito caros, segundo os turistas. “R$ 1.700 pra quatro pessoas ficaram em um quarto durante quatro dias”, queixa-se Carlos Henrique Moraes, estudante, que mora em Teresina. Quem foi passar o feriadão no litoral de Luís Correia também reclama da falta de atrativos. “Na praia não existe nenhum tipo de atração musical. Só mesmo a praia e ainda está muito suja”, aponta Cirene Leal, contadora. Talvez por conta dessa falta de atrativo, a TV Globo mostrou ao vivo as festas populares de fim de ano em todas as capitais do Nordeste, menos no Piauí.



Cerveja a R$ 4,40 assusta clientes Os preços das comidas e bebidas também estão muito caros. Uma cerveja está custando R$ 4 e mais 10% do garçom, que sai a R$ 4,40. Um peixe pequeno que dá pra duas pessoas varia de R$ 20 a R$ 40. Nas praias da Pedra do Sal, Atalaia e Arrombado faltam também banheiros em boas condições de higiene.



Às 17 horas fecham as barracas na Praia do Arrombado Na praia do Arrombado, quando no relógio marcam 17 horas, os donos das barracas pedem para os clientes se retirarem porque as ondas começam a invadir as barracas. Além disso, por lá não há sinalização para os banhistas e as ondas muito fortes derrubam os turistas desprevenidos. “No próximo ano não vou passar o réveillon no Piauí. Além de pagar caro, somos mal atendidos e não há estrutura pra receber o turista, ao contrário de Natal, Fortaleza, São Luís, entre outras capitais do Nordeste”, comenta Louane de Oliveira. Quarta-feira (30) à noite, as pessoas não tinham opção na praia, todas as barracas estavam fechadas. No dia 30, três viaturas da polícia estavam mandando as pessoas desligarem o som dos veículos por conta do barulho, e como o poder público não oferecia nenhuma atração, os turistas ficaram praticamente sem opção do que fazer. Na Sexta-feira (01) , a maioria dos restaurantes estava fechada à noite, e os poucos que ficaram abertos estavam lotados, e assim, muitos turistas tiveram que ir pra Parnaíba procurar o que se alimentar.



Faltam energia e água de água constante é outro problema que por mais um ano afeta quem escolheu passar o feriadão no litoral piauiense. Nas praias, outra dificuldade é a escassez de lixeiras, com isso, as pessoas acabam jogando o lixo na praia, o que está deixando a praia muito suja. O secretário de Turismo de Luís Correia, Alcide Filho, enviou ao Portal AZ explicações sobre os transtornos enfrentados pelos usuários do Banco do Brasil na cidade do litoral do Piauí. O gestor descarta desabastecimento dos terminais eletrônicos. A culpa, segundo a nota oficial, é da operadora de telefonia “Oi”, responsável pela comunicação remota entre os terminais bancários.







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Resposta à falta de Dinheiro nos Caixas Eletrônicos em Luís Correia. Alcide Filho Secretário de Turismo de Luís Correia. Em contato direto com o Superintendente do Banco do Brasil no Piauí, Vivi Reis, solicitamos informações sobre a falta de dinheiro nos caixas em Luís Correia. Ele "estranhou" a situação e prontamente acionou o monitoramento desse serviço, cuja central fica em Brasília. O Superintendente nos retornou informando que o problema não é de falta de dinheiro nos caixas mas sim devido à "instabilidade" de conexão através da OI, operadora que completa a operação remota entre a solicitação de saque e a confirmação de crédito. A liberação de notas é mecânica, depois das confirmações eletrônicas. Vivi acredita que a sobrecarga de ligações telefônicas no período, as constantes oscilações e falta de energia elétrica tenham afetado a estabilidade de comuncação do sistema de saques e uso geral dos caixas eletrônicos. Segundo o Superintendente, o procedimento já foi restabelecido a partir das 14 horas mas não há como garantir a sua permanência sem falhas nessas circunstâncias. "Fui informado que a prestação de serviços na região do litoral está instável, alertou Vivi Reis.


* Fonte: Portal AZ.

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