Em 2007, quando fez a última contagem populacional, o IBGE apurou que nas quatro cidades do Litoral do Piauí (Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande e Cajueiro de Praia) residiam 189.277 pessoas. O número seguramente é um pouco maior nesta virada de década. Considerando que Parnaíba é um polo de comércio e serviços, há uma população flutuante que precisa ter suas demandas atendidas. Somente isso já seria suficiente para que houvesse no litoral um suporte de serviços superior ao necessário para atender 190 mil pessoas mais a população flutuante de Parnaíba. Como ocorre todos os anos, nos grandes feriados, tanto Parnaíba, a principal cidade, quanto Luís Correia e Cajueiro da Praia “os destinos turísticos” deveriam ser alvo de bem elaboradas operações de logística tanto das concessionárias de serviços públicos (água, luz e telefone) quanto de todo o resto da cadeia econômico-produtiva - hotéis, restaurantes, bares, postos de gasolina, bancos. Mas o que ocorre ano após ano: as concessionárias de serviço público se esquecem de reforçar seus sistemas, ampliando suas capacidades instaladas ainda que sazonalmente e os demais agentes econômicos ‘descansam’ sobre a certeza de que poderão vender todos os seus estoques, mesmo deixando uma legião de veranistas insatisfeitos. Assentado em premissas absolutamente equivocadas, o turismo padece no litoral piauiense, que segue caro e perdendo clientela para quem percebeu, afinal de contas, que não se trata de outra coisa que não seja negócio. E em negócio quem erra muito termina indo à falência. Os operadores maranhenses e cearenses agradecem pelo amadorismo do lado de cá.
* Por: Arimatéia Azevedo - Jornalista.
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