Podia ser em qualquer semana deste período chuvoso a seqüência de interrupção no fornecimento de energia, mas ao se tornar uma das cenas mais corriqueiras do carnaval, os apagões causaram ainda mais estragos à já desgastadíssima imagem da Companhia Energética do Piauí. Num sistema elétrico exposto, obsoleto e com manutenção de qualidade duvidosa, uma das poucas certezas é que quando chover haverá desligamentos. Para compensar essa certeza, a CEPISA deveria agir para montar um serviço eficiente para restabelecer o fornecimento. Não foi o que aconteceu, afinal de contas uma companhia administrada à distância não pode dar respostas prontas ou imediatas às demandas de seus clientes. Mas poderia fazê-lo se na CEPISA tivesse alguma vivente que se preocupasse em montar um esquema de emergência ou realizar, antes do carnaval, uma varredura para detectar problemas antes que eles ocorressem, sobretudo em cidades como Teresina, Luís Correia, Cajueiro da Praia, Barras, Parnaíba e Floriano. Isso porque nestas cidades estão concentradas milhares de pessoas, que multiplicam o coro de descontentamento com a CEPISA, detentora do primeiro lugar absoluto entre as piores concessionárias de energia elétrica do país. Hoje, na quarta-feira de cinzas, o que parece restar da imagem da empresa é nada mais que um borrão preto como o breu em que se converteram festas de carnaval Piauí afora.
Por: Arimatéia Azevedo(Portal AZ)
NOTA DO BLOG:
- Centrais elétricas Brasil a fora, desempenham um forte papel no desenvolvimento de seus Estados. Aqui no Piauí, a CEPISA tem servido ao longo das décadas apenas de comitê eleitoral para políticos e de balcão de negócios para enriquecimento ilícito. E assim, dessa forma, contribui para o atraso e a pobreza do nosso Litoral.
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