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1/27/2009

VIOLÊNCIA NO LITORAL



Mais um Morto numa das praças de Luis Correia. Mais uma vez, Os parentes da vítima e a sociedade, pedem ajuda a polícia, ao prefeito, ao juiz, ao promotor e aos vereadores. E mais uma vez se decepcionam. Quanto ao fato ocorrido, é apenas mais um, dentre tantos que já ocorreram no Município. Dessa vez, o morto foi apedrejado e teve perfuração de faca no abdômen. Ele tinha 26 anos. Esse é um dado da realidade luiscorreiense. A segurança pública, não tem a estrutura necessária para desempenhar a repressão e a prevenção. Inexiste qualquer iniciativa de impacto coletivo e social, que vise resgatar a cidadania de nossa juventude, gerando emprego, renda, lazer, cultura e bem estar social, mudando de forma visível essa realidade. Diante dessa situação de crescente violência, que atingiu níveis alarmantes para a realidade local, temos que fazer desse tema, um debate constante, tentando entender o porquê da violência e ter como objetivo, o de alertar para uma situação preocupante, que é o crescimento da violência e a dificuldade que as leis vêm tendo para freá-la no coração do Litoral do Piauí. O que já sabemos é que, a fome, a miséria, a desigualdade social, a impunidade, a corrupção, o tráfico, a fragilidade do sistema repressivo, as dificuldades econômicas, etc., são as principais fontes que alimentam a violência no Litoral, porque é nesse meio que o Povo está vivendo e, dificilmente pessoas do meio do Povo, não vão agir de maneira violenta, já que somos animais sociais e, sendo assim, somos influenciados pelos grupos e pelas condições do meio em que vivemos. E ainda, a própria sociedade agrava a situação quando cria uma desigualdade formal entre as pessoas, nas mais variadas formas de preconceitos. Precisamos começar a imaginar uma cidade em que a violência seja mera lembrança, estando totalmente erradicada e isso não é apenas um devaneio, mas, devemos visualizar a mudança que estamos precisando. No mais, pode-se dizer que não existe uma solução definitiva para o problema, mas, nós podemos cogitar, sem cair na utopia, as mais variadas formas de controle da violência. E a maior responsabilidade nesse sentido, é do Estado e do Município, porque eles são a representação do poder da sociedade. São as instituições soberanas que organizam administrativamente a sociedade, estabelecem regras para os indivíduos e, também, quem executa estas regras. O problema é que tanto o Estado como o Município, historicamente, tem sido incapazes na aplicação das três forças que combatem a violência: A Lei, a atuação do Poder Judiciário, que é o braço da lei e a força policial. A PM para agir em proteção da sociedade e a Polícia Civil auxiliando na aplicação das penas estabelecidas pelo Poder Judiciário. Se as leis existem e estabelecem penas para quem as descumprirem, por que alguns não as respeitam?... É preciso que o sistema consiga a competência de ter uma estrutura possível de auxiliar as vítimas e reeducar os criminosos. Não podemos mais continuar a tapar o sol com a peneira em relação a essa triste realidade, temos que começar a encarar o problema de frente, mas é importante aprender a conviver com ele e tentar minimizá-lo. A lei deve ser a garantia da ordem e da paz social. Felizmente, sabemos que com o tempo o Universo tudo modifica, mas, nós podemos trabalhar para que esta realidade vivida no litoral piauiense possa ser modificada o quanto antes.

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