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3/30/2012

Cata de mariscos gera renda para grupo de mulheres de Luiz Correia


catadoras de mariscos

Uma associação que trabalha com um produto de baixa rentabilidade e nas condições mais insalubres está modificando a vida das mulheres de pescadores em Luiz Correia, a Associação das Marisqueiras e Filetadeiras, criada em abril de 2009. Mas que está lutando para ser reconhecida pelos órgãos do governo como, o Ministério da Pesca, o SEBRAE, EMBRAPA e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba. A ideia é fomentar as atividades produtivas para melhorar a condição de vida daquela população.
As cerca de 60 mulheres, na sua maioria jovens donas de casaque antes até desenvolviam esta atividade de forma individual ou ajudando os maridos, catam mariscos no estuário do Macapá, a pouco mais de 30 quilômetros de Luiz Correia. A presidente da associação, Fátima Paiva, diz que a expectativa de melhores condições de trabalho e de mercado deve ocorrer dentro em breve. A CODEVASF, que está assessorando a entidade, já licitou alguns equipamentos e até a compra de um veículo para o deslocamento do grupo aos pontos de cata do molusco, muito abundante naquela região.
O trabalho das catadeiras de marisco do Macapá, no estuário do rio Albatrós, tem início logo cedo, por volta das sete da manhã aproveitando a maré, quando o mangue fica em condições de se atingido pelo grupo. A travessia é feita de canoa e, assim como o transporte de carro, necessita de que seja paga a dois reais para cada uma, uma despesa a mais, mesmo sem saber qual o volume de mariscos recolhidos. A volta para casa dessas mulheres ocorre no final da tarde. Esta região entre o Macapá e a Barra Grande é considerada a melhor reserva natural devido ao tamanho do molusco.
Fátima Paiva diz que uma canastra, a unidade de medida para a produção, comporta cinco baldes cheios de mariscos, o que, retirando a carapaça, dá em média quatro quilos. Esta produção depois lavada e beneficiada  é vendida a três reais o quilo. Mas se o quilo de marisco é vendido pela associação a três reais, alcança na mesa de restaurante da beira de praia em Luiz Correia e região a espantosa quantia de dezoito reais a porção, um lucro para o proprietário de 600% em média.
É trabalho duro, insalubre, com mais de oito horas dentro da lama, onde o odor é insuportável. Elas têm a ajuda de alguns homens que fazem a parte mais pesada como recolher, lavar e pesar toda a produção. A presidente, de pouco mais de cinquenta anos, afirma que o lucro é pequeno no final de cada mês, mas a idéia de associação está atraindo cada dia mais mulheres. A Associação das Marisqueiras e Filetadeiras de Luiz Correia, criada há dois anos, é pioneira nesta atividade.
* Fonte: acesso24horas

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