Ingrid Clark, gerente executiva da ADRS (Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável) da Rota das Emoções, com sede em Parnaíba, litoral do Piauí, denunciou a caça, morte e estresse da ave guará, também conhecida como íbis-escarlate, símbolo e atração do Delta do rio Parnaíba. O guará (ave vermelha, em tupi guarani) é considerada uma das mais belas aves brasileiras, por causa da cor de sua plumagem. É a ave nacional de Trinidad e Tobago. Vive na Colômbia, Venezuela, Guianas e litoral norte do Brasil, havendo grupos isolados que ainda se reproduzem no litoral do Maranhão e Piauí, especialmente na Ilha do Caju. O guará está na lista do IBAMA como espécie ameaçada de extinção, sendo protegido por lei (Portaria 3.481- DN, 31 de maio de 1973). Importante: todas as espécies de aves com reprodução colonial, como os guarás e garças, são protegidas por lei (Portaria 5.197, Artigo 1, 03 de janeiro de 1967). O guará tem nome científico de Eudocimus ruber e mede cerca de 50 a 60 cm. Possui bico fino, longo e levemente curvado para baixo. A plumagem é de um colorido vermelho muito forte. Ele nasce com plumagem em tons cinza claro. Por causa de sua alimentação à base de caranguejo, incorpora um pigmento que tinge as plumas de vermelho. Tanto é que em cativeiro, com a mudança alimentar, as plumas perdem a cor e ficam com um tom róseo meio apagado. O guará é uma ave que vive em colônias. Os ninhos são feitos no alto das árvores à beira dos mangues. A fêmea põe 2 ou 3 ovos acinzentados com manchas marrons. Ingrid acrescentou que alguns guias e donos de lanchas que levam turistas ao Delta estão estressando, com gritos e palmas, os guarás em seus momentos de descanso nos finais de tarde, com objetivo de provocar revoadas para fotografias. Em um destino turístico onde a Natureza é o espetáculo, atrações como os guarás não podem sair de cartaz.
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