Anos de luta e após tentativa de várias gestões, o vice-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, anunciou que a cidade está oficialmente, desde o último dia primeiro de maio, com a Gestão Plena do SUS.
“Isto só aconteceu após muito trabalho técnico, negociações nos colegiados gestores da Saúde e esforço jurídico”, revela Florentino Neto.
“Estive pessoalmente empenhado neste objetivo, mas tudo isso só foi possível dado a decisão do Prefeito José Hamilton e da contribuição da Secretária de Saúde, Ilvanete Beltrão, dos técnicos da secretaria, como os enfermeiros Wendell Fabrinni e Socorro Candeira, além da importante contribuição da Procuradoria Geral do Município, por meio da atuação dos procuradores Ernestino Rodrigues e Leo Sales, e da Central de Licitações e Contratos, por meio da Técnica Elivânia e Mara.", lembra Florentino.
PARA ENTENDER MELHOR:
O Sistema Único de Saúde compreende uma gama de serviços públicos na área de atenção e assistência à saúde da população, por meio de uma rede de serviços financiados pelos três níveis de gestão.
Em Parnaíba, até então, estava a esfera municipal responsável pela gestão das ações de Atenção Básica da Saúde, de Vigilância em Saúde, de Saúde Mental, de Orientação e Apoio Sorológico, de Ambulatório Especializado, de Assistência Farmacêutica e de Administração do Serviço Móvel de Urgência – SAMU.
A gestão local do SUS, exercida pela Secretaria Municipal de Saúde, vinha buscando também assumir a gestão da Assistência Hospitalar e Ambulatorial, através da adesão ao Pacto pela Saúde, que corresponde à efetiva municipalização da saúde.
Diante do trabalho da delegação parnaibana, a PPI aprovada alocou novos recursos financeiros para Parnaíba, amenizando as perdas que o Município sofreria se assumisse a gestão financeira com base nos valores da PPI anterior (2005), o que motivou ao Município, definitivamente, a assumir a Gestão Plena do SUS, passando a gerir também os recursos financeiros da média e alta complexidade (Assistência Hospitalar e Ambulatorial).
A aprovação da nova PPI estava pendente de aprovação desde o 2º semestre de 2010, a anterior contemplava o Município em apenas R$ 1.380.675,61/mês, enquanto, diante dos ajustes aprovados com a nova PPI, foi garantido ao Município um incremento de R$ 553.668,55/mês. É importante evidenciar que mesmo assim estes valores são inferiores ao que era pago pelo Estado no último exercício para os prestadores de serviços.
POR QUE É IMPORTANTE ASSUMIR A GESTÃO PLENA DO SUS:
A motivação para que o Município assumisse a gestão de tão complexa engrenagem de serviços e dificuldades financeiras é a responsabilidade de cumprir sua missão na permanente construção do SUS, pois os princípios e as diretrizes do Sistema levam a assunção desta responsabilidade pela gestão municipal. Outro aspecto levado em consideração pela municipalidade é a vontade de empreender um maior nível de controle financeiro e de qualidade dos serviços prestados.
QUAIS SERVIÇOS ABRANGIDOS:
Os serviços da Assistência Hospitalar e Ambulatorial são prestados, em Parnaíba, por 37 estabelecimentos de saúde, sendo um público estadual; três filantrópicos e 27 privados.
Mesmo sendo de conhecimento técnico e público quem são os prestadores de serviços do SUS, o Município não pode se furtar ao dever de promover um procedimento de chamamento público daqueles que manifestem interesse de prestar serviços, por meio de contratos com o Município de Parnaíba, isso decorre da Lei 8.666/93.
No entanto, estima-se que os procedimentos das chamadas públicas consumam em torno de 60 dias, o que tornou necessária a contratação dos atuais prestadores de serviços por meio de Dispensa de Licitação, com fundamento no Art. 24, da Lei 8.666/93.
A contratação por Dispensa de Licitação se restringiu aos mesmos prestadores de serviços que tinham relação com a Secretaria Estadual de Saúde, observando, para cálculo do valor estimativo do contrato, o valor médio/mensal da efetiva produção, com base nos faturamentos realizados no período dos 12 meses do ano de 2010.
*Por:Ascom vice-prefeitura.
*Fonte: proparnaiba
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