Trabalhadores da obra do Porto de Luís Correia. Foto: Proparnaiba.com |
Eles denunciaram que não há qualquer sinalização na obra, falaram que pessoas que já foram demitidas há dois meses ainda não receberam seus direitos trabalhistas, além de condições subumanas para trabalhar. “Se você pegar o filtro daqui tem terra dentro, o pessoal bebe água suja aqui no porto. Eles nunca mostraram os comprovantes de seguro de vida em grupo”, revela Romeu.
O trabalhador da obra, José Wilson, pede uma comissão para que veja como o dinheiro da obra está sendo aplicado na realidade. “A obra está mal feita, aqui só tem máquina velha, eu queria que o Detran viesse aqui para ver esses carros rodando sem freio, sem placa, sem farol”, denúncia. Na manhã desta terça-feira (10) o jornalismo do Proparnaiba.com foi até o local onde está sendo construído o Porto de Luís Correia para apurar a denúncia de que as obras estão paradas.O funcionário José Wilson ainda relata como foi na última visita do Governador Wilson Martins ao Porto de Luís Correia: “Quando o Governador veio aqui passaram o rádio e disseram para ligar até as máquinas que não estavam funcionando que era para dar uma boa impressão. Tanto é que o Governador achou que a obra estava de vento em polpa, o que não é verdade”, revelou o trabalhador.
O funcionário chama a atenção de Wilson Martins. “Governador, o senhor foi praticamente enganado, porque quando o senhor veio o que não estava funcionando inventaram que estava! Quando o governador foi embora e a imprensa saiu, o dono da empresa deu os parabéns para os funcionários porque não tivemos coragem de falar que os pagamentos estavam atrasados”, afirma.
http://youtu.be/aFUsDi8yFCY
O outro lado.
Mediante as denúncias dos trabalhadores, tentamos contato com o engenheiro da obra, através do funcionário da cancela, que interfonou e ouvimos quando disse que não nos deixasse entrar e que ele viria até nós para prestar maiores esclarecimentos, mas, não compareceu. Fizemos então, contato pelo telefone, mas fomos informados pelo engenheiro, George Zeferino, que a imprensa só seria recebida após a chegada de um grupo de Teresina, responsável pela obra e que, naquele momento, o grupo estava em reunião com o Governador.
O engenheiro negou que houvesse paralisação, pois, disse que apenas um grupo estava lá fora e que cerca de 20 trabalhadores se encontravam na obra, mas não permitiu nossa entrada para registrar a movimentação dos trabalhadores.
Quando informamos que sem informações de sua parte e sem a permissão de entrarmos para registrar o funcionamento da obra, seriamos obrigados a considerar a informação dos trabalhadores de que a mesma estava parada, o engenheiro disse que podíamos divulgar dessa forma que depois ele faria um vídeo da obra e divulgava mostrando que a informação não era verdadeira.
Perguntado sobre quantos homens faziam parte do trabalho o engenheiro não informou quantos ao todo.
* Por: Dora Rodrigues e Francisco Brandão para o Proparnaiba.com
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