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11/05/2012

Mulher se afoga na Atalaia e é salva por surfista


Um episódio causou tumulto e revolta de banhistas na praia de Atalaia, em Luís Correia (a 330 quilômetros de Teresina) na manhã deste domingo(04). Uma pessoa estaria se afogando e na praia não havia salva-vidas.
Mensagens na rede social Facebook de indignação foram postadas.
 
“Indignada com o Corpo de Bombeiro do Piauí. Afogamento na Praia e assistência zero. Vieram, viram a cena, saíram e depois de meia hora voltaram. O detalhe é que um surfista já havia salvo a criança. Falta de vergonha para o nosso Estado. Os heróis não vestem fardas e nem possuem rótulos. Salve, Deus!”, disse uma internauta. 
 
 
De acordo com o major Rivelino de Moura, por conta da falta de efetivo, não há como deixar salva-vidas nas praias, mas assim que foram acionados, compareceram ao local. Ele disse que como a vítima estava há 50 metros depois da área de arrebentação das ondas, era necessário pegar equipamentos para fazer o resgate. 
 
“Assim que chegamos nós vimos duas pessoas em uma prancha, depois da área de arrebentação, ai voltei até o quartel para pegar o Jet ski, não poderíamos fazer um resgate sem estrutura, só apenas entrar na água. Quando voltamos eles já haviam saído da água”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros em Parnaíba. 
 
 
Os banhistas teriam vaiado os bombeiros e aplaudido os jovens que conseguiram tirar as pessoas da água. 
 
Ele confirmou que populares vaiaram os bombeiros. “Foi uma situação constrangedora, mas nós não temos efetivo para colocar na praia. No quartel temos 24 bombeiros ao todo e quatro trabalham por plantão de 24 horas de serviço por três dias de folga, ainda tem os que estão dispensados, tiram licença e férias”, especificou o militar, que disse ainda que somados aos 24, há 11 bombeiros que estão exclusivamente à disposição do aeroporto de Parnaíba. 
 
O Major Rivelino alertou que a área de arrebentação das ondas é perigosa para banhistas que mão têm experiência de entrar no mar. “Essa área não dever ser frenquentada por pessoas que não saibam surfar direito. As pessoas alugam pranchas e acham que podem ir para o alto mar e não conseguem voltar”, enfatizou. 
 
Fonte: cidadeverde.com
Edição: Proparnaiba.com
 

Um comentário:

  1. Bom dia a todos
    Eu, Douglas (28) estava nadando com meu amigo Luis (23), de Honduras, e o nível da água estava aproximadamente no nosso peito. Me distraí um pouco e quando olhei para o lado, percebi que o Luis estava nadando para a parte mais rasa e não estava conseguindo. A onda estava puxando ele. Nadei para próximo dele e perguntei se estava tudo bem. Ele me respondeu que estava ficando sem forças. Então eu tentei puxá-lo para o raso, mas não estava conseguindo. Eu também estava ficando sem forças e a água continuava a nos arrastar para o fundo. Percebi que o Luis estava muito cansado e tentei acalmá-lo. Não conseguia nadar com ele até a praia, mas não queria deixá-lo, pois percebia que estava muito fraco. Pedi para que ele boiasse que eu iria nadar até a praia e pedir ajuda. Então eu nadei o mais rápido que eu consegui, pois não sabia se ele aguentaria muito tempo. Pensei que poderia ser a última vez que eu iria vê-lo.
    Quando consegui alcançar o pé na areia, levantei os braços gritando por socorro, pois tinha alguém se afogando. As pessoas na praia começaram a pedir ajuda também, mas ninguém sabia o que fazer. Então uma moça que fica com 2 adolescentes cuidando da barraca de prancha pediu para que os garotos entrassem na água para salvar o Luis.
    Tentei pegar uma prancha e entrar na água novamente, mas não consegui. Não tinha força para entrar na água e minhas pernas ainda estavam tremendo. Fui avisar nossos amigos que estavam sentados em uma mesa, que logo ficaram preocupados.
    Voltei para perto das pranchas para ver se eu conseguia entrar na água, mas a moça, que me disse que era mãe de coração dos meninos que entraram na água, me disse que era para eu ficar que eles o trariam de volta. Ela estava vendo a cabeça do Luis na água e viu que os meninos estavam indo na direção certa. Eu não conseguia enxergar então fiquei perguntando o tempo todo se ela ainda estava vendo o Luis. Ela sempre respondia que sim. Tentava me mostrar, mas eu não conseguia enxergar. Percebi que outras pessoas também estavam vendo ele, o que me deu um certo conforto. Eu estava muito tenso e algumas pessoas na praia também tentaram me confortar.
    Percebi que um terceiro garoto entrou na água com uma prancha para ajudar. Muitos minutos depois, que para mim parecia uma eternidade, os meninos alcançaram o Luis. Todos na praia bateram palmas. Eu fiquei mais tranquilo, mas ainda tinham que voltar, pois estavam bem longe.
    O corpo de bombeiros chegou e eu achei que eles iriam entrar na água para ajudar, mas não sei o que houve. As pessoas começaram a exigir uma atitude e eles foram embora. Acredito que ficaram na praia entre 5 a 10 minutos e não voltaram mais.
    Poucos minutos depois, chegou outro carro da polícia, que informou que não tinha equipamento para entrar na água, mas ficou lá para prestar um auxílio no que precisasse e disse que levaria o Luis no hospital.
    Quando os meninos chegaram com o Luis na praia, foram recebidos como heróis, merecidamente. Entrei na água para ajudá-los enquanto as pessoas ainda batiam palmas e gritavam que eles eram os orgulhos do Piauí. Concordo plenamente. Fui cumprimentá-los e dei um abraço neles e agradeci por salvar meu amigo. Fomos todos direto para o hospital local onde o Luis tomou uma injeção e agora ele está bem.
    Muito obrigados à todos que nos ajudaram. A população local está de parabéns e foram muito solidários com a gente. Um muito obrigado especial para os garotos que entraram na água para salvar Luis. São verdadeiramente corajosos e de ótimo coração, dignos de serem chamados de heróis.

    Douglas Adachi
    adachi_eng@hotmail.com

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