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2/13/2013

Algumas verdades sobre o apagão no litoral do Piauí e a Eletrobras 


Foto: Proparnaiba.com
Não foi simplesmente um apagão de energia o que houve no litoral do Piauí durante 14 horas, cobrindo de escuridão parte da noite de segunda e parte da madrugada de terça-feira de carnaval. Houve um apagão de competência da Eletrobrás Piauí, uma empresa cujo esmero em piorar não tem paralelo na história do estado.
Em nota oficial, a Eletrobrás informou que o blecaute decorreu da queda de três postes de uma linha de transmissão. A queda foi causada pela obra de um condomínio. A empresa responsável pela obra fez escavações nas proximidades das estruturas (postes) da rede de alta tensão em 69 mil volts, conhecida como alimentadores – ou seja, que faz o transporte da energia em grande quantidade para as redes de distribuição. Com os ventos fortes, os postes tombaram, o que resultou no desligamento. A Eletrobrás Piauí pode tentar se eximir da responsabilidade, já que o evento nada tem a ver com manutenção ou, como gostam de dizer os engenheiros eletricistas, outras impedâncias, mas isso não cola.
O correto seria a empresa ter atuado para que não houvesse qualquer interferência na faixa onde passa a sua linha de transmissão ou, havendo, a tal obra deveria ter rígido acompanhamento de pessoal da estatal. Mas nada disso foi feito e se nada se fez, depreende-se que houve inépcia, negligência e omissão, o que causou um enorme prejuízo financeiro para empresas e pessoas físicas e para a própria Eletrobrás Piauí, que agora poderia, ao menos, processar a construtora que causou o dano, para salvar o pouco que resta de imagem positiva da companhia. Não custa repetir, o problema doturismo no Piauí é de gestão. Falta gestão.
Santa Eletrobrás
No litoral do Piauí, 300 mil pessoas (200 mil moradores e mais os 100 mil veranistas) acenderam velas para a Eletrobrás Piauí.
Pela produção do milagre inverso de deixar tanta gente no escuro, com o apagão da noite de segunda e madrugada de terça-feira.

Sem inverno
Diz Paulo Curicaca, auditor fiscal do Trabalho, que em Parnaíba o famoso “Boca de Litro” culpa a Eletrobrás Piauí pela falta de chuva.
Razão: a estatal reza para não ter inverno e, com isso, a energia não ir embora.

Culpa
Nas redes sociais, o apagão do litoral ganhou um responsável político, o governador Wilson Martins.
Mas verdade se restabeleça: desde que Mão Santa vendeu a Cepisa para pagar salários de servidores, o governo do Piauí não apita mais nada na elétrica do estado.
 

Turismo
A verdade, porém, é que com esse show de incompetência da Eletrobrás Piauí, mais uma vez o turismo do Piauí deu grandes passos para trás.
A propaganda negativa causada por um apagão de quase 15 horas não tem preço. Aliás, tem: um preço impagável. 

Limite
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o limite para o tempo de desligamento no litoral do Piauí (DEC) é de 19 horas para este ano de 2013. Com o apagão de segunda e terça-feira, a Eletrobrás Piauí já conquistou esse troféu de ruindade dez meses antes do ano terminar.
Acaba não, mundão!

Distância
Agora, responda: como é que dá certo uma empresa ser administrada dos confortáveis gabinetes do Rio de Janeiro, a mais de 3 mil quilômetros de distância?
Pois é onde mora e trabalha o pseudo presidente da Eletrobrás Piauí. E nenhum governador do Estado tem aquilo roxo pra protestar.
*Por: Arimatéia Azevedo/Portal AZ.
*Edição: proparnaiba

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