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12/21/2012

SINAIS ESCANCARADOS DE PATIFARIA


Um prefeito deixa o cargo dia 31 com um patrimônio de R$ 120 milhões. Há oito anos, quando assumiu o primeiro mandato, sua declaração de rendimentos acusava uma fortuna de apenas R$ 4 milhões. Essa é, por todos os títulos, uma belíssima evolução patrimonial. E o povo da cidade cada vez mais paupérrimo. Mas no Brasil, lamentavelmente, não se investiga pelos sinais exteriores de riqueza, ainda que extravagantes, escancarados, dos gestores públicos. É fácil ver parlamentares – de deputado estadual a senador – secretários, governadores, prefeitos, políticos, enfim, esbanjando dinheiro público. Já virou chacota se dizer que a primeira ação do novo gestor é comprar a bichona, referência jocosa à caminhoneta Hillux, que custa acima de R$ 100. A melhor forma de se aferir a roubalheira de um agente público é pela sua declaração de renda. Basta apenas medir sua evolução patrimonial ao fim da gestão. A ministra Eliana Calmon, do STJ, tentou isso, buscando avaliar a conduta de magistrados, aferindo sua evolução patrimonial, mas foi derrotada no CNJ. O Brasil não pode continuar na ciranda do faz de conta em relação à gestão pública e, mais que qualquer outro, os políticos que decidem sobre os destinos de sua população não tem apenas que parecer honestos.                                   

* Fonte: Arimatéia Azevedo - Portal AZ.

















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