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10/10/2012

Artesanato do Norte do Estado é destaque em qualidade e diversidade




Alguns artesãos usam o couro como matéria prima, outros utilizam bordados, tecidos, pedras, fibras e tintas. O fato é que o artesanato feito na região Norte do Piauí é permeado de cultura, beleza e diversidade de materiais.

Em Campo Maior, cidade localizada a 84 quilômetros de Teresina, os produtos feitos através de bordados e dos trançados em palha de carnaúba são os responsáveis por enfeitar a produção local. Mais de 100 mulheres dominam o oficio da costura, com a utilização da técnica conhecida como “bainha aberta”, da qual são produzidos inúmeros produtos, como toalhas de mão, toalhas de rosto, blusas, vestidos, roupas de cama, bolsas, dentre outros produtos.

Segundo a diretora do Programa de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Prodart), Francisca Lemos, três grupos são responsáveis pela produção local de Campo Maior, são eles: a Cooperativa dos Artesãos, a Oficina de Artesãos e o Grupo de Produção.
Na cidade de Castelo do Piauí, a 211 quilômetros da capital, a produção artesanal é feita a partir do couro. A Associação de Artesanato da cidade utiliza utensílios manuais na confecção de indumentárias de vaqueiro, peças decorativas e utilitárias, como caixas, tamboretes e acessórios de moda.

As opalas, biojóias e tecelagem, são os diferenciais do artesanato da cidade de Pedro II. “Atualmente, Pedro II é um expoente a nível nacional e internacional do nosso artesanato”, ressalta a gestora do Projeto Polos Artesanais do Sebrae, Rosa de Viterbo.

Na cidade, os garimpeiros e joalheiros transformam a opala bruta em peças como brincos, anéis, pulseiras e colares. A região também concentra o maior número de artesãos que dominam a técnica da tecelagem manual. O ponto tapuirana, por exemplo, técnica utilizada no tear manual é um dos diferenciais das peças confeccionadas pelos artesãos de Pedro II.
Os produtos fabricados na cidade de Buriti dos Lopes, também não perdem em beleza. No lugar, são feitos bordados, que nascem da inspiração de paisagens locais e vivencias das próprias trabalhadoras. As bordadeiras dedicam-se aos bordados em ponto cruz, com a exclusividade do bordado feito em fio único.

No litoral, o artesanato ainda ganha maior presença. Na Ilha Grande de Santa Isabel, em Parnaiba, a maioria da população domina o oficio da produção do artesanato com renda de bilrro e peças feitas à base de carnaúba. A participação da associação do local em feiras específicas organizadas nas grandes capitais do país tem contribuído para a expansão da atividade.

Em Parnaíba, localizada a 339 quilômetros da capital, a Cooperativa Artesanal Mista de Parnaíba (Campal) é a mais antiga do Piauí e agrega a produção de artesanato em escultura, trançados em palha de carnaúba, agave, cipó de leite, taboa, entre outros. Próximo à Parnaíba, em Luis Correia, grupos especializados com produções em fibra de taboa ganham destaque.
A grande variedade e qualidade dos produtos artesanais do Estado garantem o trabalho e renda de centenas de pessoas. “O nosso artesanato é de uma beleza ímpar e a qualidade dos produtos asseguram o destaque e referência dos produtos a nível nacional”, finaliza a diretora do Prodart Francisca Lemos.

Edição: Jornal da Parnaíba

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