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7/05/2013

Índios debatem sua realidade junto a acadêmicos de Parnaíba


A pesquisadora Claudente, a liderança indígena Francisco e o cacique Guilherme.
“O índio sem terra não pode funcionar, o índio tem que estar na mata”. Está afirmativa do José Guilherme da Silva, cacique da Associação Itacoatiara de Remanescentes de Piripiri, iniciou seu discurso no debate sobre a realidade indígena no Piauí realizado na manhã desta quinta-feira (04) por estudantes do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Parnaíba.
Segundo o cacique Guilherme a associação tem lutado há mais de sete anos e o que mais o índio deseja  é a posse de território já que não tem instrução e não pode competir, em suas palavras, com o homem branco. Ele citou o reconhecimento das autoridades políticas em contraposição das ações efetivadas. “A moral chega, mas a terra não”, enfatizou.
Francisco Dias, presidente da Associação Itacoatiara de Remanescentes de Piripiri, disse que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (FUNDAC) assiste aos indígenas, somente isso. Informou queatualmente os índios de Piripiri sobrevivem do artesanato em madeira e fibra, outros são pintores e pedreiros.  São registradas na associação 315 pessoas que são em média 52 famílias.
A doutora Claudete de Miranda, pesquisadora da população indígena no Piauí, informou que bandeirantes paulistas dizimaram as sete tribos que existiam no Estado, principalmente, as tribos Tapuaia e Tupi. E que esta ação começou no século XVI e já no XIX a população indígena estava quase que extinta. “Os índios fervilhavam como formigas as margens dos rios e vales do Piauí”, (Odilon Nunes). Com esta citação a doutora mostrou que a população de índios era numerosa e ressaltou a importância da luta pela valorização indígena.  
*Por Proparnaiba.com

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